O mais difícil era perder-te,
e, no entanto, perdi-te!
e, no entanto, perdi-te!
És anjo agora! Estas comigo...
_Cai o silêncio nos meus ombros até doer:
Minha vida que aos poucos se gasta, e,
Minha vida que aos poucos se gasta, e,
gasta,
de tanto tentar acostumar,
se perde de si mesma.
_A memória da infância nos jardins escondidos,
uma brisa desprendendo um cheiro de primavera
num sem-fim de estados de alma;
uma brisa desprendendo um cheiro de primavera
num sem-fim de estados de alma;
e, hoje, dores pesaram sobre os meus ombros,
sombras desceram sobre os meus olhos;
a tristeza maior fez maior o silêncio;
e vem esse sentimento distante e absorto;
esse calar, esses espaços distraídos;
nasce à palavra uma verdade que não acha,
entre os escombros do escrever o seu caminho,
sombras desceram sobre os meus olhos;
a tristeza maior fez maior o silêncio;
e vem esse sentimento distante e absorto;
esse calar, esses espaços distraídos;
nasce à palavra uma verdade que não acha,
entre os escombros do escrever o seu caminho,
dando um sentido que não há
nos gestos nem nas coisas:
_É meu vôo sem pássaro dentro.
_Já não sei o que é feito do que sinto na tua ausência!
Sonho febril de uma vida única nesse instante único.
Quando dele se acorda, vê-se que tudo é sentido.
Serás eterno. Memória de que sou.........eras tu a claridade...
...De súbito uma estranha paz interior...
...é meu pai, meu anjo a me cuidar!
( 15/01/2012 - data em que faz dois anos que meu pai faleceu)
(direitos autorais:texto e imagem de Regina Célia de Jesus)